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/Lançamento O Futuro das Estradas de Ferro no Brasil

  • Local: Auditório da Coppe, bloco G, sala 122, Centro de Tecnologia, Cidade Universitária – Ilha do Fundão
  • Data: 27/03/2009
  • Hora: 11:00

O Futuro das Estradas de Ferro no Brasil é o título do livro, de autoria do pesquisador da Coppe, Eduardo David, que será lançado na próxima sexta-feira, dia 27 de março, às 11 horas, no auditório da Coppe. Durante o evento, será prestada uma homenagem ao professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Amaranto Lopes Pereira, que há anos tem se dedicado as pesquisas para o desenvolvimento da malha ferroviária brasileira, e foi orientador da tese de mestrado e doutorado defendida pelo autor. O auditório fica na sala 122, do bloco G, no Centro de Tecnologia – Ilha do Fundão.

Ainda como parte da cerimônia, haverá uma demonstração prática do funcionamento do Trem de Levitação Magnética da Coppe, o Maglev-Cobra, desenvolvido pela equipe do Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe, sob a coordenação do professor Richard Stephan, e gerência do pesquisador Eduardo David.

A obra é resultado da pesquisa feita pelo autor durante seu pós-doutorado no Instituto Leibnitz, na cidade de Dresden, Alemanha, no ano de 2008. O livro aponta novas perspectivas para as estradas de ferro no Brasil, apontando a levitação magnética como o futuro do transporte ferroviário no país. Para chegar a esta conclusão, Eduardo David avaliou os acertos e erros dos últimos 150 anos que caracterizaram o sistema ferroviário brasileiro, de 1859 aos dias de hoje.

Lições do passado

Ciente do desafio que é romper com preconceitos e resistência a inovações, Eduardo David presta em seu livro uma homenagem a Cristiano Benedito Otoni, dando a sua obra o mesmo título do livro, lançado há 150 anos, escrito por esse engenheiro que rompeu com paradigmas e construiu uma linha ferroviária, a FDP II (estrada de Ferro D. Pedro II), operacional até os dias hoje, sob a administração da MRS logística. Na época, Otoni projetou 13 túneis para vencer a Serra do Mar, desafiando a orientação dos ingleses que defendiam as técnicas tradicionais para transportar o café plantado no Vale do Paraíba, principal atividade econômica do país na época.

“As ferrovias construídas com base nas técnicas tradicionais foram todas erradicadas. Otoni teve coragem para romper paradigmas. Hoje, tenho certeza, ele optaria pela tecnologia da levitação magnética, cuja implantação é mais barata, mais eficaz e resulta em menor impacto ambiental”, afirma o autor.

Estradas ferromagnéticas poderão ligar o Brasil no futuro

No livro, o pesquisador propõe o uso de trens de levitação magnética (Maglev) para interligar todas as capitais e principais cidades brasileiras, por meio de 30 mil quilômetros de vias férreas. Segundo Eduardo, para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo, a implantação da tecnologia de levitação pode ser feita no período de cinco anos, custando a metade do preço da construção de toda a estrutura de um trem de alta velocidade que utiliza rodas. O autor expõe em sua obra um projeto para mais de 200 km de vias traçadas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro utilizando o sistema Maglev Urbano, que poderia servir de modelo para outras regiões do Brasil.

“Acredito que o futuro da ferrovia está nas estradas ferromagnéticas. Escrevi este livro com a intenção de instigar o leitor a repensar as ferrovias brasileiras. Espero poder ter podido colaborar para evitar erros cometidos no passado, quando interesses políticos e empresarias foram capazes de atrasar o desenvolvimento do transporte ferroviário em um país de dimensões continentais como o Brasil”, ressalta o autor.

Sobre o autor

Eduardo David nasceu na cidade de Três Rios, no estado do Rio de Janeiro. Mestre e doutor em engenharia de transportes pela Coppe, o engenheiro exerceu por mais de 20 anos cargos técnicos e executivos na Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). Atualmente, é gerente do projeto de trem de levitação magnética (Maglev - Cobra) desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe. Autor de livros sobre História Ferroviária, Planejamento de Transportes e de dezenas de artigos técnicos apresentados em congressos, no Brasil e no exterior, Eduardo David é, sobretudo, um ferroviário apaixonado pela profissão.

  • Publicado em - 30/04/2014