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/Novas aplicações em fibra óptica plástica são tema de workshop internacional promovido pela COPPE

  • Local: Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, campus da Praia Vermelha
  • Data: 27/04/2006 a 28/04/2006
  • Site: http://www.workpof2006.coppe.ufrj.br

Fibra óptica plástica é utilizada na COPPE para a detecção de bactériasDias 27 e 28 de abril, a COPPE promoverá o Workshop Internacional de Fibras Ópticas Plásticas, que reunirá no Rio de Janeiro especialistas nacionais e estrangeiros para apresentar as mais recentes descobertas e tecnologias no assunto. Promovido pelo Laboratório de Instrumentação e Fotônica (LIF) da COPPE, único laboratório da América do Sul a trabalhar com aplicações em fibras ópticas plásticas, o workshop será realizado no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, na Praia Vermelha. Mais informações sobre o evento pela homepage: http://www.workpof2006.coppe.ufrj.br.

O evento contará com a presença do inventor da fibra óptica plástica, Yasuhiro Koike, professor da Universidade de Keio, do Japão, e diretor do International Committee of Plastic Optical Fibers (ICPOF). A primeira aplicação desta fibra plástica foi na área de telecomunicações. A inovação permitiu o aumento da velocidade de transmissão de dados em redes locais de computadores de 100 MB para um 1 Giga. Mais resistente e fácil de manusear do que a fibra de vidro, a fibra óptica plástica revolucionou as pesquisas na área, barateando custos e facilitando o processo de produção. Um equipamento de corte de fibra de vidro, por exemplo, custa em média US$ 2 mil. A fibra de plástico, por sua vez, pode ser cortada utilizando um simples estilete.

Estará presente também ao evento a pesquisadora da Universidade de Sydney (Austrália), Maryanne Large, que desenvolve pesquisas em novas aplicações da fibra plástica, como as nanoestruturas. Segundo o coordenador do evento no Brasil, o professor Marcelo Werneck, da COPPE, à semelhança do laser, que ao ser criado em 1954 dizia-se que era uma solução em busca de problemas, num futuro próximo a fibra óptica abrirá perspectivas de aplicação ainda inimagináveis.

COPPE desenvolve aplicações para área de saúde e setor elétrico

Professor Werneck (em pé) orienta alunos em seu laboratórioSegundo o coordenador do Laboratório de Instrumentação e Fotônica (LIF) da COPPE, professor Marcelo Werneck, graças à facilidade de produção da fibra óptica plástica foi possível ampliar o leque de pesquisas do laboratório. “Todos os nossos sensores foram produzidos no LIF, sem precisar importar componente algum. É um material de baixo custo e de fácil fabricação, permitindo a aplicação em vários projetos”, afirma. Durante o workshop, professor Werneck apresentará o projeto de um sensor à base de fibra óptica para detecção de bactérias que está sendo desenvolvido no LIF. O biosensor, denominado Bacteriosensor, poderá reduzir de 48 horas para frações de segundos o tempo de análise de testes laboratoriais. O biosensor destina-se ao controle da qualidade da água e do ar. Para se ter uma idéia, algumas instituições levam em média cinco dias para divulgar o resultado da análise da água.

Algumas empresas do setor elétrico brasileiro já estão sendo beneficiadas com os sensores à fibra ótica desenvolvidos pelos pesquisadores do LIF. Um exemplo é o sensor para medir a tensão de rede que está sendo usado na Usina de Tucuruí, na Eletronorte. “Ele é mais leve, mais barato e mais eficiente, já que como o plástico é isolante, podemos medir a temperatura do fio por onde passa a corrente elétrica, e não apenas do ar, como o fazem os sensores tradicionais”, explica o professor Werneck.

  • Publicado em - 07/05/2014