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Processos de Separação por Membranas

  • Autor: Cláudio Habert, Cristiano Borges e Ronaldo Nóbrega
  • Páginas: -
  • Editora: E-papers

O livro aborda fundamentos básicos das aplicações de membranas sintéticas em processos de separação industriais e é fruto de uma experiência acumulada de mais de 20 anos dos docentes do Programa de Engenharia Química da COPPE no ensino e pesquisa nesta área. Segundo os autores, as aplicações com membranas vêm conquistando uma importância cada vez maior em função das vantagens econômicas e ambientais, respondendo por um mercado que cresce 8% ao ano e estimado em US$ 2 bilhões.

 

Os autores buscaram tornar acessível essa tecnologia a um público mais amplo, minimizando o relativo desconhecimento dessa tecnologia no país. Concebido como uma fonte de consulta introdutória aos fundamentos das aplicações de membranas sintéticas em processos industriais de separação, o livro apresenta tópicos que apresenta um panorama da indústria brasileira atual, balanceando tratamentos qualitativos e quantitativos para fornecer uma compreensão geral básica.

 

A área de membranas separadoras se desdobra hoje em aplicações variadas e requer abordagem multidisciplinar, que envolve engenheiros, físicos, químicos, bioquímicos e cientistas de materiais, entre outros. O texto privilegia a importância da correlação entre estrutura química, morfologia e as propriedades de transporte para o entendimento dos mecanismos envolvidos e do potencial de aplicações possíveis. Já classificados como operações unitárias industriais, alguns processos foram selecionados para ilustrar o funcionamento da membrana e as variáveis de operação relevantes e as limitações a que estas membranas estão sujeitas.

 

Na segunda metade do século passado, os Processos de Separação com Membranas (PSM) saíram da esfera de laboratório para se tornarem operações industriais. Concorreram para isso a disponibilidade de novos materiais (como polímeros), a descoberta da técnica de fabricação de membrana anisotrópica e a conscientização do problema energético. No Brasil, o laboratório Permeação Através de Membranas (PAM) começou a ser montado em 1968 na Coppe/UFRJ, fruto de uma das primeiras interações indústria - universidade - governo, via FUNTEC (Fundo de Desenvolvimento Tecnológico), envolvendo Petrobras, UFRJ e BNDES.

 

Na ocasião, os engenheiros Marcos Luiz dos Santos e Dorodame Leitão organizaram um programa de pesquisas pioneiro que visava explorar separações de hidrocarbonetos gasosos e líquidos. Na volta dos dois engenheiros para a Petrobras, em 1971, o Programa de Engenharia Química decide incorporar o PAM e convida para essa missão dois dos autores, Cláudio Habert e Ronaldo Nóbrega, para integrar seu quadro docente. A eles se juntaria na década de 80 o professor Cristiano Borges, que colaboraria na consolidação do laboratório como referência em sua área, com reconhecimento internacional.

 

O texto “Processos de Separação com Membranas” é resultado de revisões de versões anteriores que circularam, sob a forma de notas de aula digitalizadas, em vários cursos de graduação, pós-graduação, extensão e atualização profissional, ministrados pelos autores e por outros docentes.