Coppe UFRJ 50

/Livros

A experiência internacional demonstra que a economia de um país é impulsionada pelo desenvolvimento tecnológico. Parte significativa deste desenvolvimento se dá através de projetos integrados envolvendo parcerias entre instituições de pesquisa e empresas. Países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e Grã Bretanha apresentam forte tradição em projetos de parcerias visando ao desenvolvimento tecnológico.

 

 Brasil também está colocando em prática esta idéia. Em 1996 foi criado pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos o PRODENGE – Programa de Desenvolvimento das Engenharias, no qual um de seus subprogramas, o RECOPE – Redes Cooperativas de Pesquisa, contempla a criação de redes, visando à interação entre universidades, institutos de pesquisa e empresas para a realização de atividades conjuntas de pesquisa, desenvolvimento experimental e Engenharia.

 

Dentre os vários setores do conhecimento, priorizados pelo RECOPE, para desenvolver a experiência positiva de parcerias, encontra-se o de transportes. Aproximadamente, 40% do PIB mundial corresponde às atividades direta ou indiretamente ligadas ao transporte. Pode-se dizer ainda que o transporte propicia a geração de uma boa parte do restante da riqueza mundial.

 

Outro fato que faz do transporte um tema importante é que a competitividade das empresas e nações depende, em grande medida, do custo do transporte que permeia toda a cadeia de produção e de distribuição.

 

A Rede Cooperativa de Pesquisa em Transportes está atualmente estruturada em três sub-redes: Corredores de Exportação; Transporte Urbano de Massa; e Legislação e Normas.

 

As diversas equipes que compõem a Rede trabalharam em cooperação com inúmeros parceiros nacionais e internacionais, públicos e privados e produziram um leque de resultados bastante abrangente, capaz de abordar, tratar e propor soluções para os graves problemas brasileiros no campo de transportes.

 

Os artigos que fazem parte deste livro apresentam algumas destas experiências e aplicações de técnicas e métodos voltados para o avanço do conhecimento no setor. O beneficiário final deste esforço inicial de pesquisa em rede cooperativa é a sociedade brasileira. Espera-se, pois, que essas experiências de interação científica e tecnológica entre universidades e empresas frutifiquem, a exemplo do que vem ocorrendo em países que buscam acelerar seu desenvolvimento com tecnologias próprias.