/Professor da Coppe receberá a Medalha Tiradentes
O professor do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ Max Suell Dutra será contemplado com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Poder Legislativo fluminense. A homenagem será entregue no dia 30 de outubro de 2013, às 18 horas, durante sessão solene no Plenário Barbosa Lima da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na Praça XV s/nº, Centro, Rio de Janeiro.
Instituída em agosto de 1989, a Medalha Tiradentes é concedida a pessoas e instituições que tenham prestado relevantes serviços à causa pública, a exemplo da Coppe, que foi contemplada em maio do presente ano, pelos seus 50 anos. Também já receberam a medalha, entre outros, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho; o ambientalista Chico Mendes; o papa João Paulo II; o educador Paulo Freire; e o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.
A iniciativa da premiação partiu do deputado Luiz Martins, ao tomar conhecimento da forma como o professor Max Suell Dutra se dedica ao ensino e à formação de seus alunos. “Meu objetivo é que, ao concluírem o curso, eles tenham condições de ajudar a reverter as desvantagens tecnológicas que temos em áreas estratégicas como a de automação, controle e robótica, tornando o Brasil menos dependente”, diz o professor da Coppe que, constantemente, recebe telefonemas de pais de alunos agradecendo pelo empenho na formação de seus filhos.
Segundo Max Suell, o que falta em nosso País é investimento e aposta das indústrias nacionais no que é desenvolvido nos laboratórios das universidades, bem como a formação de um link entre ambas. “Na UFRJ temos uma exceção, já que podemos contar com a Fundação Coppetec que vem, dentre outras funções, trabalhando para fazer a ponte entre o conhecimento lapidado na Universidade e as necessidades e carências de nossas indústrias”, diz o professor da Coppe. Ele ressalta ainda que muitas empresas desconhecem que o País tem mão de obra altamente qualificada. “Por isso vários brasileiros não ocupam cargos de direção em empresas de grande porte, que geralmente optam por dirigentes estrangeiros, e diversos problemas são solucionados no exterior, por falta de confiança no potencial nacional” lamenta.
A procura das empresas por lucros imediatos é outro ponto destacado pelo professor. Segundo ele, a maioria das empresas prefere comprar equipamentos no exterior, já fabricados em larga escala, o que barateia o preço em relação aos produtos nacionais que estão entrando no mercado. Para Max Suell, caso houvesse mais proteção à indústria brasileira, seria possível ampliar o número de inovações tecnológicas nacionais, a partir do investimento em pesquisas. Uma ação que aumentaria a quantidade e a qualidade dos produtos brasileiros, os tornando mais competitivos em qualquer mercado.
Uma grande carreira acadêmica
- Publicado em - 18/10/2013